O uso de infiltrantes em odontopediatria, uma realidade? - Academia da Odontologia
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Odontopediatria

A especialidade da odontopediatria sempre teve um cunho voltado para alternativas conservadoras, ela vem “puxando” isso dentro de todas as especialidades da odontologia.

Quando falamos em mínima intervenção, temos em mente estratégicas que visem o tratamento definitivo, com o menor dano a estrutura saudável ou passível de remineralização.

Bem, neste contexto onde infiltrantes resinosos se encaixam?

Primeiro, temos que entender, o que são os infiltrantes…

São compósitos, essencialmente formado por dimetacrilato – TEGDMA, que detém um alto poder de penetração, fotopolimerizável, de baixa viscosidade, e sua aplicação visa selar as microporosidades dentro do corpo das lesões, paralisando assim sua progressão.

Então, basicamente são um tipo de resina bem fluida, com capacidade de penetração na estrutura, sem necessidade de desgaste. E quais as indicações?

  • Cáries interproximais em esmalte, esmalte e início de dentina, e que atingiram 1/3 externo da dentina
  • Cáries em dentes anteriores, sem cavitação
  • Fluorose

O diagnóstico de cáries proximais pode ser difícil, o que torna necessário na maioria dos casos, a utilização de meios auxiliares como a radiografia interproximal. Este tipo de radiografia nos dá informações da quantidade e profundidade das lesões. Uma dificuldade é saber se elas estarão cavitadas ou não, embora o tamanho da lesão esteja diretamente relacionado a cavitação, o próprio protocolo do infiltrante para abordagem proximal prioriza a separação dental, o que torna o diagnóstico preciso.

Tradicionalmente, o tratamento da cárie proximal tem sido invasivo, o tecido cariado removido, e a cavidade preparada para o preenchimento com um material restaurador. Embora o preparo  cavitário tenda a ser o menor possível, é difícil evitar a quebra de estruturas dentárias saudáveis, como a crista de esmalte, especialmente para cáries proximais não cavitadas. 

Pensando nesta estratégia minimamente invasiva, a associação do infiltrante e a mudança de hábitos no paciente, aliado ao gerenciamento da oferta de flúor e dieta, são estratégias fundamentais no que diz respeito à paralisação das lesões de cárie.

Baseado nas indicações, você ainda tem dúvida que infiltrante pode e deve fazer parte da rotina clínica do Odontopediatra?

Profa. Carla e Profa. Ângela

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Prof Angela

Professora Angela Giacomin

Graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Especialista em Endodontia - UNIPLAC/SC
Especialista em Saúde da Família – UFSC/SC e Gestão em Saúde – IFSC/SC
Especializanda – ABCD/SC e Mestre em Odontopediatria - UFSC/SC
Habilitação em Sedação Consciente com Óxido Nitroso
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização em Odontopediatria - ABCD
Clínica privada Curitiba/PR

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