Erosão dental na Odontopediatria, da etiologia ao diagnóstico e a conduta clínica! - Academia da Odontologia
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Odontopediatria

Erosão dentária não é uma doença “parecida” com cárie. Não é doença genética. Erosão dentária pode muitas vezes ser assintomática. Mas sim, acontece com as crianças e os odontopediatras precisam ficar atentos aos sinais e sintomas pois serão os primeiros profissionais a diagnosticarem e serem os responsáveis por prevenir sérios danos à saúde de uma criança.

Mas afinal, como é a erosão dentária e como tratar? Esse texto vai resumir os pontos principais sobre o tema.

O que é Erosão Dentária

A erosão dentária é um desgaste da estrutura do esmalte e/ou dentina causado por ação não bacteriana, ou seja, causado por outros ácidos. Ácidos esses que podem ser de origem intrínsecas, ou seja, de origem gástrica como refluxo, ou origem extrínsecas, ou seja, de alimentos e bebidas.
O desgaste pode ainda ser acentuado por abrasão ou atrição.

Como diagnosticar

A respeito do diagnóstico é importante considerar os mesmos fatores que utilizamos para diagnosticar qualquer outra patologia, ou seja, devemos primeiramente realizar profilaxia da superfície dentária para obter uma maior precisão e melhor visualização clínica, levando sempre em conta as informações obtidas na anamnese.

Diagnóstico clínico: o que devo observar?

Existem diferentes índices que podemos utilizar para preencher o odontograma. Um índice amplamente utilizado é o Basic Erosive Wear Examination (BEWE). No curso e Erosão Dental da Academia da Odontologia explicamos qual é a gradação e quando é importante utilizá-lo.

Algumas características clínicas devem ser observadas em pacientes que apresentam desgaste por erosão dental, como:

  • Superfície do dente que está localizada
  • Aparência opaca ou de vidro lustroso
  • Ausência de biofilme
  • Margens arredondadas e com concavidades
Como tratar
Como irei tratar meu paciente com Erosão Dental?

A primeira pergunta que devemos fazer: consigo tratar o paciente sozinho? Ou seja, isso depende apenas das recomendações e acompanhamento de um dentista? Ou preciso encaminhar meu paciente para outros profissionais trabalharem junto comigo?
Se sim, fazer os encaminhamentos necessários.

Devemos orientar sobre os fatores causais, independente dos encaminhamentos. O cirurgião-dentista deve saber explicar sobre a etiologia e quais recomendações o paciente deve seguir.

Outro ponto importante é auxiliar na prevenção do agravamento das facetas desgastadas, através do que conversamos lá na primeira parte: registro do desgaste por erosão dental.

Caso o paciente apresente sensibilidade ou perda de estrutura significativa podemos realizar intervenções, como uso de selantes ou restaurações.

Por último, não esquecer que o acompanhamento também faz parte do tratamento. Jamais libere ou de alta para um paciente sem ter a certeza que seus sinais clínicos estão controlados.

E ai, conseguiu entender um pouco sobre o tema?
Ficou com dúvidas?
Acesse o curso completo em www.academiadaodontologia.com.br

Bons estudos!

Autoras:
Josi Pezzini e Carla S. Pereira

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Josiane Pezzini

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