O trauma na região oral é muito comum, estima-se que é a segunda área mais lesada em crianças menores de seis anos. Juntamente com a queixa na consulta pós-trauma, vem a preocupação dos responsáveis com os dentes permanentes sucessores e esta é uma dúvida que nem sempre podemos sanar, afinal… Será que o dente permanente foi afetado? Vamos acompanhar o seu sucessor permanente após o trauma em dente decíduo.
Dependendo o tipo de lesão e a idade da criança, podemos observar diferentes consequências no dente permanente, como hipoplasia, deslocamento, dano ao germe dentário e entre outros distúrbios funcionais, sendo que intrusão e avulsão são as lesões com consequências mais severas, principalmente antes dos três anos de idade.
A medida para se evitar o traumatismo – embora de difícil controle – estão bem discutidas na literatura, mas muitas vezes o acompanhamento pós-trauma é negligenciado. Deve-se ter a clareza da importância do cirurgião dentista para orientar e acompanhar este paciente com controles periódicos.
As consequências da falta de acompanhamento e orientação, geralmente são percebidas na fase de dentição mista com a irrupção do dente sucessor permanente, onde se evidencia a sequela do trauma. A partir de então começa uma investigação deste evento, sendo que até mesmo os responsáveis não conseguem descrever com exatidão.
Crianças com histórico de trauma devem ser acompanhadas por um odontopediatra uma vez por ano, o esclarecimento aos responsáveis, o manejo e acompanhamento clínico, aliados a empatia e o apoio melhora a adesão do paciente durante este longo período de acompanhamento. Então é bem importante o acompanhar o seu sucessor permanente após o trauma dental.
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Por Carla Pereira.