Comportamento infantil no tratamento odontológico
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Manejo Comportamental

A ida a consultórios odontológicos é essencial para a boa saúde de todo o corpo, especialmente a saúde bucal, claro. Mas alguns grupos de pacientes podem apresentar algumas dificuldades na hora do atendimento, sendo um deles um dos mais desafiadores, o infantil. Conheça agora alguns comportamento infantil no tratamento odontológico e como lidar com eles no dia-a-dia do consultório.

O que vamos abordar:

A odontopediatria

A odontopediatria tem como finalidade proporcionar um atendimento e tratamento odontológico adequado para as crianças, colaborando com a saúde bucal e o bem-estar delas inclusive dentro do consultório.

É de extrema importância que os profissionais que trabalham com esse público saibam identificar as necessidades particulares das crianças e consigam promover cuidados específicos para que as experiências delas sejam as mais tranquilas possíveis.

Porém, muitas vezes, o domínio das técnicas de tratamento e psicologia infantil não são o bastante pois algumas crianças podem apresentar uma série de comportamentos diferenciados que exigem jogo de cintura de todos os profissionais envolvidos.

Conheça agora alguns comportamentos apresentados por crianças no dentista e saiba como lidar com cada um deles.

Crianças amedrontadas

Muitas crianças associam a imagem de médicos e dentistas a experiências ruins, de dor e sofrimento, e faz parte das obrigações do odontopediatra cuidar para que esses bloqueios sejam enfrentados e eliminados.

Explicar todos os procedimentos, apresentar os materiais de trabalho, deixar que as crianças toquem neles, tudo isso pode ser utilizado como ferramenta para familiarizar as crianças ao consultório.

Uma vez que as crianças saibam exatamente como será feito o atendimento, o medo e a angústia darão espaço para a confiança e certamente todo o tratamento fluirá melhor.

Temos um post sobre como controlar o medo e ansiedade no paciente infantil que pode ser interessante, clique aqui para conferir.

Crianças com necessidades especiais de locomoção

Crianças com necessidades especiais precisam se sentir acolhidas e bem recebidas em todos os consultórios para que se sintam à vontade no prosseguimento do tratamento.

Ter acessibilidade para elas, entender todas as suas limitações e adaptar procedimentos para que elas se sintam incluídas e valorizadas são grandes atitudes que podem colaborar com a satisfação desses pequenos.

Algumas crianças criam bloqueios quando não se sentem parte de algum grupo, portanto, trazê-las para o consultório e tornar essa experiência confortável para elas pode ser um grande diferencial para a colaboração e bom comportamento delas.

Crianças do espectro autista

Os autistas são mais sensíveis a mudanças de rotina do que qualquer outra criança. Eles gostam de saber exatamente como funcionam as coisas, desde o passo a passo da consulta como também os materiais utilizados nela.

Caso você se depare com crianças do espectro autista em seu consultório, tenha a sensibilidade de proporcionar a elas um ambiente adequado às suas necessidades.

Estude sobre as necessidades deles e sobre suas limitações num modo geral. Questione aos pais qual a maneira que seus filhos se sentem mais seguros e não meça esforços para tratá-los como eles gostam de ser tratados.

Muitas vezes essas crianças possuem sensibilidades a ruídos, a movimentos, a luzes e a ordem dos procedimentos, esteja atento a esses detalhes e o ajude para que o atendimento seja bom para ele.

Explique exatamente tudo que precisa ser feito e como será realizado. Tenha paciência e peça ajuda aos pais caso seja necessário, todos juntos conseguirão fazer da consulta um lugar seguro para esses pequenos.

Crianças agitadas e curiosas

A infância é uma fase de descobertas e aprendizados e muitas crianças tendem a ter muito mais energia para gastar do que outras.

Essas crianças, normalmente, são consideradas “agitadas”, com muita disposição e curiosidade à flor da pele.

Elas querem mexer em tudo, subir nos objetos, abrir gavetas, explorar lugares, fazer perguntas e mais perguntas sobre tudo e isso pode exigir ainda mais paciência durante o atendimento.

Nesses casos, é importante que o odontologista se conecte com os pacientes e o ajude a compreender que eles precisam colaborar para que o trabalho seja executado corretamente.

Todo jogo de cintura é válido nesse momento, mas um dos mais importantes é a conversa.

Diga à criança que a consulta será rápida, que logo ela poderá sair para brincar e que a colaboração dela naquele momento é muito importante para que o tratamento acabe o mais rápido possível.

Em alguns casos, converse com os pais para saber qual a melhor forma de tranquilizá-lo e obter a sua concentração. Os pais sempre podem ajudar nessa hora.

Crianças nervosas e irritadas

Em algumas situações não tem jeito, as crianças podem ficar extremamente irritadas com a situação e não colaborarem para a realização da consulta.

Nessa hora, a parte pedagógica e psicológica deve entrar em ação.

Lance mão de recursos para acalmar a criança, desenhos que ela gosta, assuntos de seu interesse e conversas, tudo é bem-vindo para que ela se sinta mais tranquila no procedimento.

Os pais são seus melhores amigos no consultório, somente eles conhecem seus filhos e certamente ajudarão na condução desse momento.

Crianças no dentista

Em geral, crianças no dentista podem se comportar de diversas maneiras inesperadas, mas isso pode ser facilmente administrado em um conjunto de técnicas adequadas, ambiente favorável e pais participativos.

A experiência dessas crianças pode ser muito especial se elas forem tratadas com respeito, empatia e paciência, tendo suas particularidades reservadas e muito bem observadas.

Crianças no dentista são apenas crianças lidando com algo novo, e é papel do odontopediatra ajudá-los a passar por isso com leveza, conforto e levando boas memórias da experiência.

Confira as 8 técnicas de manejo comportamental em odontopediatria.

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Carla Pereira

Graduada em Odontologia pela UFSC em 2009
Especialista em Odontopediatria - PUC/PR, 2011
Habilitação em Sedação Consciente com Óxido Nitroso, 2011
Mestre em Odontologia / Área de Concentração Odontopediatria - UFSC/SC, 2015
Clínica Privada em Curitiba/PR desde 2009.
Presidente da ABOPED, Regional Santa Catarina 2017/2019.
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria desde 2015
IAPD Membro do board 2019/21, 2021/23, 2023/25 - Membership Committee
Idealizadora da CAIXA GUIA - Odontopediatria, 2015
Clinical Adviser NuSmile no Brasil, desde 2019
Co-Fundadora e Diretora Acadêmica da Academia da Odontologia, 2020
Professora e Coordenadora do Curso de Especialização e Atualização em Odontopediatria - Caxias do Sul/RS desde 2022
Idealizadora do Estabilize, 2023
Fundadora, Membro e Secretária Financeira da SOBRASO

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